Olá amigos,
Todos os finais de ano, os maiores pedidos são: Paz Mundial, Menos Violência, Menos Fome, Menos Corrupção, Menos Tragédias, etc...
Resumindo, todos os pedidos são para um mundo melhor, porém, de uma maneira geral, a mídia não vive sem as tragédias, sem notícias e reportagens com várias horas de duração para seus Telejornais, Jornais, Revistas, Rádio e demais segmentos da comunicação.
Os apresentadores são seres-humanos, porém, o sistema não permite nada diferente do que a massificação dos acontecimentos, ocupando todas as pautas dos programas, não deixando nenhum espaço para divulgação de notícias positivas nos momentos das coberturas que possuem o objetivo de alavancar consideravelmente o ibope, agradando a todos os envolvidos no processo de lucros e afirmação de que as decisões e estratégias foram corretas.
Este ano de 2010, a mídia tem muito para comemorar, pois desde o primeiro dia do ano, as tragédias não param de acontecer, como os deslizamentos de terra em Angra dos Reis, dos Terremotos do Haiti e Chile, todos com milhares de vítimas fatais, além das inúmeras enchentes espalhadas pelo país, principalmente na cidade de São Paulo.
A Imprensa tem que fazer o seu papel, porém, a cada ano sentimos menos sensibilidade e muita exploração dos fatos negativos, através de cenas fortes, reportagens repetitivas e muito sofrimento de todos os envolvidos.
O que fica ainda mais claro e lamentável, é o momento em que os temas não apresentam mais os retornos financeiros esperados, sendo automaticamente descartados da grade de programação, independente da necessidade da continuidade da divulgação.
No momento que é encerrado pela mídia o assunto, os mesmos voltam a esperar ansiosamente por novas tragédias, de preferência muitas ou uma de cada vez, para que não congestione as atrações dos programas, para que tudo seja feito por partes, garantindo por longos períodos os retornos tão comemorados por aqueles que não possuem criatividade.
Um forte abraço
Adriano Vitória
Salvador, 01 de Março de 2010.
Comentários
Ainda bem que ainda existem opções de qualidade, mesmo que de forma reduzida, pois a cada ano, o sensacionalismo e a falta de sensibilidade, infelizmente prevalecem na mídia.
Um forte abraço